Como a atual era afeta os seus dados pessoais?

Não é novidade para ninguém que a pandemia obrigou todos a irem para o mundo virtual. Também não é novidade o assunto furor de 2019/2020: proteção de dados, dados pessoais, dados sensíveis, segurança da informação, lgpd, dpo, gdpr, a lei vai ser adiada ou não.

Bem, a peculiaridade se dá agora no seguinte ponto: os dados estão todos circulando por aí em meio a essa era digital que veio para ficar, há um compartilhamento massivo deles (OS SEUS DADOS PESSOAIS), e o quanto isso, de fato, te afeta?


Você começou, não sabe como, a receber diversas mensagens diretamente no seu celular sobre promoções de lojas, cursos, eventos online, restaurantes;

O seu aplicativo de mercado te mostra as “ofertas e promoções”, “coincidentemente”, dos produtos que você mais gosta;

Em toda compra online, pedido de comida, preenchimento para acesso gratuito ao curso, lá está o seu nome, endereço, sexo, profissão, cartão de crédito, gostos, interesses, necessidades a serem supridas. Tudo isso trafegando entre tantas casas, empresas, crackers, que adotaram o home office sem nenhuma segurança de tecnologia da informação;

O remédio ou protetor de imunidade que você costuma comprar se conectou com as farmácias, com o seu plano de saúde, com o banco de dados do governo, com as notícias google e com as propagandas acerca da doença ou prevenção correlacionados com o produto inicial que você adquiriu;

As suas contas tem sido distribuídas entre bancos/seguradoras/empresas de crédito para lançarem a melhor oferta, no momento ideal de crise financeira e psicológico abalado, de “oportunidade única de empréstimos”, na qual você entra em dívidas e fica justificando “mas eu precisava muito naquele momento e eles adivinharam, era minha única saída”;

Novas câmeras de vigilâncias têm sido instaladas nas cidades, aumentaram o uso de drones, bem como tem sido realizado o monitoramento geográfico das pessoas infectadas pelo Coronavírus e de todos aqueles que esbarraram nela, apresentando talvez não o nome, mas todas as outras informações que permitem a identificação;

Seus dados médicos, histórico de exames, doenças, tipo sanguíneo, predisposições, humor, gostos e hábitos estão por aí, de um lado para estudos científicos e controle da pandemia por questão de solidariedade global, de outro para criarem produtos específicos que atendam as suas necessidades e estimulem o seu lado consumidor.


A preocupação hoje, global, é a saúde em primeiro lugar. Mas essa crise vai passar e fica a reflexão: o que farão com tanto controle e monitoramento sobre os nossos dados? Uma coisa é certa: os maiores prejudicados serão os cidadãos, eu, você, nós que somos os titulares dos dados pessoais.

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